A indústria moveleira, grande consumidora de materiais plásticos, fechou 2021 em alta em comparação ao mesmo período de 2020, fase em que o isolamento social estava mais rigoroso. Apesar das pessoas em casa, o primeiro ano da pandemia trouxe altos e baixos para o comércio varejista, que teve queda de 3,2% no primeiro semestre e apresentou uma recuperação de 5,1% no segundo semestre, período marcado pela retomada as atividades, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
A recuperação se deu na segunda metade de 2020 e não parou, em um momento em que os consumidores voltaram a atenção ao conforto e a abertura do comércio começou a movimentar as ruas. O primeiro ano da pandemia apresentou uma alta de 1,2% em relação à 2019 em volume de vendas, seguido de 1,4% no ano passado.
Ainda de acordo com os números do IBGE, a indústria brasileira terminou o ano com alta de 3,9%. A indústria moveleira apresentou um recuo de 25,8% em dezembro em relação ao mesmo período de 2020. A explicação do setor é que houve estabilidade nos números durante todo o ano, diferente do boom de 2020 no segundo semestre.
Com a oscilação dos números e o fechamento positivo do ano, outras áreas são afetadas, como a de matéria-prima ou o serviço de montagem para o consumidor final. Como a Achei Montador, e-commerce especializado em montagem de móveis. A empresa sofreu uma brusca queda no auge da pandemia, com a insegurança dos clientes em receber uma pessoa de fora em casa, e com a baixa de compra de novos móveis. “Percebemos que o nosso volume de chamados caiu bastante no início de 2020, mas o ano passado foi muito promissor, com os clientes mais confiantes e seguros com um profissional dentro da sua casa e o aumento de vendas de novas peças”, explica Geraldo Rigoni, CEO e fundador da Achei Montador. O setor de serviços mostrou recuperação em relação a 2020, com um fechamento recorde de 10,9%, o maior desde o início da série histórica do IBGE.