Na última década vários setores produtivos passaram a adotar iniciativas com foco em sustentabilidade ambiental, como incentivo à reciclagem e à economia circular. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/10 organiza a forma com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus resíduos. A lei foi criada para acabar com os lixões irregulares, que deveriam ser substituídos por aterros sanitários construídos dentro das normas ambientais. Teoricamente, a partir de 2 de agosto de 2014 não seriam aceitos materiais passíveis de reaproveitamento ou reciclagem nos aterros de todo o país.
Essa normatização foi um estímulo às políticas de preservação ambiental. Na atualidade, o uso de aterros sanitários é o sistema mais adequado para disposição final dos resíduos por serem devidamente estruturados com sistemas de impermeabilização, coleta e drenagem do chorume e captação e queima controlada dos gases resultantes do efeito estufa. No entanto, para que seu uso seja feito de forma consciente, é preciso preservar a vida útil dos aterros, e uma das formas de garantir o nível desejado é coletar os resíduos recicláveis e destiná-los corretamente para reciclagem, evitando enterrá-los.
A Braskem está fazendo sua parte nesse processo, pois em maio assinou um contrato de parceria com a Tecipar, empresa brasileira especializada em engenharia ambiental, para evitar que mais de duas mil toneladas de resíduos plásticos sejam despejadas anualmente no aterro sanitário de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. O volume equivale a 36 milhões de embalagens plásticas de polietileno e polipropileno. A iniciativa reforça o compromisso da Braskem com a economia circular e está alinhada com a estratégia de negócio da companhia, engajada em contribuir para o desenvolvimento da cadeia de reciclagem e seu mercado.
É importante que ações como a parceria entre a Braskem e a Tecipar, que tem como objetivo evitar o acúmulo de plástico nos aterros e reinserir a resina reciclada na indústria, provoque uma reflexão e envolva toda a cadeia, promovendo a economia circular. A iniciativa foca em dois pilares, sendo eles:
- Conscientização: é importante que a sociedade tenha consciência sobre a sua relevância e o seu papel de influenciadora de toda a cadeia, demandando produtos sustentáveis e incentivando a sua produção por meio do consumo consciente. Além de contribuir para a reciclagem a partir do descarte adequado de resíduos.
- Ação: essa união de esforços em prol da sustentabilidade estabelece responsabilidades para cada parceiro. A Tecipar será responsável por toda a triagem dos resíduos (PP e PE) e correta destinação ao reciclador parceiro da Braskem, que fará o processo de reciclagem. O acordo viabilizou a criação de uma ̃ usina de triagem para separação de resíduos sólidos e orgânicos de materiais recolhidos na coleta pública dos municípios de Barueri e Santana do Parnaíba. Quanto à Braskem, caberá a compra da resina reciclada, que será comercializada sob a marca I’m green™. As resinas recicladas, de PE e PP, serão utilizadas como matéria-prima para o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para a indústria do plástico, com isso fazendo a economia circular de fato acontecer. Trata-se de uma iniciativa com impactos positivos gerados a partir dessa ação, tanto para a indústria quanto para o meio ambiente. A resina pós consumo (PCR) pode ser utilizada em diversas aplicações como alta densidade para embalagens flexíveis e sopradas de PE e injeção para PP vindo dessa parceria.