Por Carlos Eduardo Benatto*
A economia dá os primeiros sinais, embora ainda tímidos, de recuperação. Os indicadores dessa retomada apontam para a produção industrial, a prestação de serviços, as vendas no varejo e o consumo.
Os analistas reforçam que se trata de um crescimento gradual e de longo prazo, porém este foi o primeiro semestre em que a indústria registra alta em três seguidos de queda. Já os serviços e o varejo crescem há três meses consecutivos. Alta em indicadores como a concessão de crédito pessoal e a confiança do consumidor também reforçam a tese da retomada.
Esses sinais são mais animadores, quando vêm de setores que geram emprego e renda, e mais, que impulsionam outros segmentos da economia por investirem em tecnologias e soluções que agregam valor e competitividade a seus produtos finais. O agronegócio, por exemplo, que tem investido amplamente em tecnologias como mantas de proteção, coberturas, big-bags, entre outras que aumentam a produtividade e a qualidade da produção, é um dos segmentos mais estáveis da economia.
Já o setor Automotivo, um dos que demonstrou ter sentido mais os impactos da crise econômica, já dá sinais de investimentos futuros na modernização de fábricas e lançamento de produtos. O crescimento da indústria Automotiva movimenta toda uma cadeia de fornecimento de insumos, como a de Nãotecidos, por exemplo, que estão presentes em carpetes, revestimento do porta-malas e capô, feltros térmicos e acústicos, painel das portas, apoio de cabeça, tubos de admissão e coifas do câmbio, entre outras aplicações, promovendo eficiência e agregando valor aos veículos.
A construção civil, por sua vez, ainda não deu sinais de recuperação. Mas na área de infraestrutura, por exemplo, há gargalos em setores de mobilidade urbana, saneamento, rodovias, ferrovias e portos que apresentam possibilidade de expansão com a agenda de PPPs e concessões.
Outro indicador a ser considerado é o reaquecimento do consumo, que reflete na produção industrial e vislumbra um cenário mais positivo. Quando a economia dá sinais de crescimento, o consumo de descartáveis como fraldas, lenços umedecidos e absorventes, produtos que são feitos com nãotecidos, tende a crescer.
Dentro desse cenário, soluções competitivas, que apresentam eficiência na aplicação, além de competitividade saem na frente do mercado. Com isso em vista, os setores de Nãotecidos e Tecidos Técnicos mantém investimentos em tecnologia e inovação, com vistas a contribuir para que os setores-clientes também ganhem competitividade no mercado.
O segmento de Nãotecidos investiu mais de US$ 70 milhões em atualização tecnológica em equipamentos de última geração e o setor de Tecidos Técnicos investiu, nos últimos dois anos, mais de US$ 47 milhões. São setores que detectam oportunidades de crescimento e, para isso, realizam um esforço do setor no sentido de disseminar a qualidade dos produtos e seu uso adequado, por meio de um trabalho de fomento à informação técnica e á normatização.
O Brasil é um país de dimensões continentais e com uma produção industrial diversificada. O segmento de Nãotecidos e Tecidos Técnicos está preparado para continuar a contribuir com soluções eficientes e competitivas para apoiar a indústria em sua retomada, com vistas ao desenvolvimento de todos.
*Presidente da ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos)