O Brasil é o quarto maior produtor de resíduo plástico do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, China e Índia. São aproximadamente 11,3 milhões de toneladas produzidas anualmente, mas apenas 1,28% deste montante é reciclado. Em todo o planeta, são geradas 400 milhões de toneladas anuais e a reciclagem deste montante não chega a 10%.
Estes dados espelham o gigantesco potencial deste mercado, diante do caminho sem volta da circularidade da economia e da urgência em se criar uma cadeia de valor para o plástico reciclado. Na esteira deste universo, o aval de instituições que conferem certificações à matéria-prima reciclada cresce substancialmente, como forma de validar a reciclagem e garantir qualidade e segurança à marcas e fabricantes, que passam a incorporar o material em sua cadeia de suprimentos.
As certificações são um caminho decisivo neste cenário ainda impeditivo, em contraste com o apetite de brand owners e stakeholders em busca de se aliar a parceiros comerciais que forneçam matéria-prima reciclada de comprovada procedência e consistente qualidade.
A certificação, portanto, tem o potencial de servir como uma chancela para o plástico reciclado. E no caso de uma empresa recicladora é um reconhecimento duplo.
“A atuação primária de um reciclador por si só já faz com que seja integrante da parte nobre da economia: a circular. Porém, uma recicladora que não atue de acordo com as melhores práticas, pode deixar impactos sociais e ambientais negativos significantes. Sendo assim, a certificação garante a atuação de acordo com a legislação vigente e com as melhores práticas”, ressalta Daniel Coutinho, representante da AcePlas Assessoria e Certificação, empresa brasileira acreditada pela EuCertPlast® – entidade da União Europeia.
Ele explica que o propósito da AcePlas é o de melhorar a qualidade do plástico reciclado e explorar todas as características da economia circular e seus benefícios para a sociedade e o meio ambiente, por meio de uma certificação adaptada ao processo de reciclagem de materiais plásticos pré e pós-consumo.
A metodologia contempla auditorias regulares, qualificação, treinamentos e certificações, proporcionando uma chancela inovadora e única para atuação das empresas recicladoras em âmbito nacional e internacional.
“O procedimento é bastante extenso e abrange não somente o processo produtivo. A recicladora precisa garantir que está cumprindo com todas as exigências legais em termos de cadastro, licenças de operação e ambientais, seguros e segurança patrimonial, social e industrial. Além disso, exige-se processos e procedimentos formalmente estabelecidos, que deem diretrizes e orientem o trabalho de todos os funcionários, incluindo a contratação de pessoal técnico especializado, o treinamento e atualização contínua da supervisão nos processos de reciclagem, manutenção, saúde, segurança e preservação ambiental”, destaca Coutinho.
Segundo ele, além da verificação de toda documentação, desde a chegada da sucata, avaliação do tipo e qualidade, separação, entrada no processo produtivo e transformação em reciclado, o processo também é auditado presencialmente (ou, em alguns casos, virtualmente, por conta da pandemia).
Há também a verificação da rastreabilidade do material. Ou seja, a recicladora precisa garantir que tem controles sistemáticos de todo trajeto do material na empresa. Algumas dessas exigências são obrigatórias. Outras podem apresentar pontos de melhoria, que serão apontados e verificados na auditoria de monitoramento, que é realizada anualmente.
Utilizando metodologia própria, a AcePlas atua no Brasil com base em um modelo europeu, adaptado às necessidades das empresas brasileiras. “O foco é na melhoria dos processos, direcionando a reciclagem de plásticos para volta ao ciclo produtivo, sem alterar os parâmetros de produção e a qualidade esperada do produto final”, destaca Coutinho.
Também inspirada em modelos europeus de reciclagem, a certificação Eureciclo utiliza um mecanismo de direcionar resíduos equivalentes, em peso e material para a reciclagem, com remuneração para os operadores de coleta e triagem pelo serviço ambiental prestado.
Trata-se de um conceito de certificação da logística reversa aplicado amplamente há quase três décadas, o qual elevou o índice de embalagens recicladas na Espanha de 4,7%, em 1998, para 78,8%, em 2018, conforme dados colhidos pela Ecoembes, organização ambiental sem fins lucrativos que promove a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente por meio da reciclagem.
"Observando o cenário internacional, optamos por trazer ao Brasil essa possibilidade, com o objetivo de elevar as taxas de reciclagem do país'', explica Thiago Pinto, fundador e CEO da Eureciclo, certificadora líder em logística reversa de embalagens do Brasil.
O mecanismo tem sido reconhecido como solução para promover a logística reversa, que deve ser de no mínimo 22% da massa de embalagens direcionada para reciclagem, de acordo com a legislação. "Trata-se de uma alternativa técnica e economicamente viável, porque é um enorme desafio recuperar esses resíduos depois de seu descarte, principalmente em um território com proporções continentais. Temos visto um movimento extremamente positivo de empresas engajadas em ir além da meta e que, por isso, reciclam mais do que o estabelecido", destaca o CEO.
Ele explica que por meio desse modelo, se uma marca colocar no mercado de São Paulo, por exemplo, 10 toneladas de plástico, mas não conseguir recuperá-las, ela pode optar por reciclar uma massa equivalente na mesma região.
"O resultado é igualmente satisfatório para o meio ambiente, já que ele não reconhece se a garrafa reciclada é da marca X ou Y, o que importa é colocá-la de novo no ciclo produtivo", complementa.
A compensação ambiental não incentiva apenas o processo de reciclagem e a quantidade de materiais reaproveitados, mas olha com carinho para os profissionais do setor que são historicamente pouco valorizados.
Os mais de 4 mil parceiros da certificadora Eureciclo investem diretamente nessas pessoas, por meio dos Certificados de Reciclagem (CREs) atrelados às notas fiscais de venda dos materiais recicláveis.
Ao comprarem esses documentos, que comprovam que uma quantidade e tipo de material foi reciclada, elas estão remunerando os operadores e cooperativas em questão com valores mais justos.
"Os CREs incentivam a cadeia de reciclagem de materiais complexos e oferecem sustentabilidade financeira para o setor. Afinal, não se mantém espaço, colaboradores, maquinário e ferramentas sem dinheiro", explica Thiago.
Segundo o CEO, ao longo dos últimos anos a empresa impactou cerca de 17 mil vidas com mais de R$11 milhões, levando melhoria de renda e condições de trabalho para pessoas que atuam em operadores homologados e suas famílias. Ao todo, a Eureciclo já compensou 214 mil toneladas de resíduos.
Mesmo que as empresas tenham assumido compromissos com a sustentabilidade, em última análise, buscam também o lucro. Neste sentido o plástico reciclado precisa atingir os dois objetivos, deve ser economicamente viável, fácil de encontrar e responder aos desafios de performance e desempenho.
Rodrigo Sabatini, presidente do ILZB e diretor da Zero Waste International Alliance, afirma que esta realidade ainda está sendo construída em sua ampla potencialidade.
“A matéria reciclada está ainda escassa, e literalmente, ainda se encontra no lixo, especialmente no Brasil, um país de dimensões continentais”, alerta Sabatini.
Na Europa, os esforços em desenvolver este mercado ganham força. “Na Alemanha, por exemplo, mais de 20% de toda matéria prima vem da reciclagem. Isso evita que eles tenham que extrair produtos naturais ou importar insumos. Ao mesmo tempo, desenvolveu-se uma indústria de reciclagem que hoje é exportada”, exemplifica.
Como fundador e mentor do movimento Lixo Zero (Zero Waste), um programa de qualidade total, baseado na melhoria contínua, e cujo indicador de desempenho é o nível de geração de lixo, Sabatini é categórico: “conquistamos mais eficiência quando controlamos o desperdício”.
Por este motivo o movimento Lixo Zero vem sendo um divisor de águas na indústria, estando associado à produção limpa e a todos os atributos da economia circular: geração de emprego e renda, inclusão social, atração de investimentos, redução do impacto ambiental, desenvolvimento das cidades, incremento de impostos e outros.
Isso tudo representa um valor intangível para o branding e valor de marca das empresas, o que impacta diretamente no fator de competitividade das empresas, especialmente quando falamos em se adequar às exigências do mercado global.
“Toda indústria de qualidade já tem controle de 90% dos resíduos, mas como chega à eficiência total?”, questiona o presidente do ILZB, ao destacar que a certificação é o caminho para passarmos do ponto de inflexão.
As certificações trazem, portanto, benefícios e oportunidades para o lançamento de produtos no ainda recente mercado de matérias-primas circulares da cadeia do plástico, elevando a rentabilidade das empresas, as vantagens competitivas e criando novas oportunidades de emprego em nível local.
A 1ª empresa gaúcha a conquistar o selo Senaplas, em 2020, consagrando-se como a 1ª empresa de plásticos reciclados das Américas com a certificação europeia EuCertPlast (European Certification of Plastic Recyclers), a empresa Plastiweber, atua há mais de 23 anos no ramo de embalagens e resinas recicladas.
Por ter em seu DNA o compromisso de entregar produtos de alto padrão e performance ao mercado, a Plastiweber sempre buscou as mais exigentes certificações do setor da reciclagem para comprovar e assegurar a seus clientes a qualidade e segurança de seus produtos.
A certificação EuCertPlast reúne garantia da rastreabilidade dos materiais plásticos (em todo o processo de reciclagem e na cadeia de abastecimento) e na qualidade do conteúdo reciclado no produto final, tendo sido criado com o objetivo de reconhecer recicladores que operam de acordo com altos padrões através da implementação das melhores práticas.
Com o propósito de criar uma economia circular para o plástico, a empresa gaúcha vem adquirindo diversas outras certificações, ampliando a competitividade de soluções em embalagens plásticas flexíveis, produzidas através de um ciclo seguro de logística reversa, que faz com que o plástico pós-consumo se torne matéria-prima para uma nova embalagem.
Entre as certificações adquiridas estão a Eucertplast, que é a mais importante certificação para recicladores do mundo, que além de garantir a qualidade do produto reciclado a longo prazo, também garante que o conteúdo da matéria-prima seja realmente reciclado pós-consumo. A Plastiweber foi a primeira empresa das Américas a obter essa certificação.
A empresa também possui a certificação que valida o cumprimento de todos os critérios relacionados a ESG ( Meio Ambiente, Social e Governança). A Plastiweber é a única recicladora de plástico do Brasil a possuir essa importante homologação Smeta/Sedex – exigida por 60 mil brand owners ao redor do mundo.
Além disso possui a certificação SENAPLAS que atesta adequação às legislações da PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) e de Logística Reversa, como também quanto a qualidade dos produtos entregues, incluindo o selo de certificação SENAPLAS Produto.
De acordo com o CEO da Plastiweber, Moisés Weber, cada certificação possui sua especificidade e grau de dificuldade, no entanto devido a um criterioso processo e procedimentos rígidos em toda a cadeia, no momento das certificações não foram necessárias mudanças significativas.
A visibilidade e a confiabilidade das certificações ao redor do mundo foram fundamentais para aproximar a Plastiweber de novos mercados, especialmente de companhias que buscam soluções verdadeiramente sustentáveis e aplicações com alta exigência técnica.
“A utilização de altos percentuais de matéria-prima reciclada com resíduos plásticos pós-consumo foram enaltecidos com as certificações e assim, novas parcerias tem sido firmadas, possibilitando a ampliação de nossos mercados, como também a otimização dos processos em projetos de multinacionais, os quais são facilitados, uma vez que não são necessárias auditorias adicionais, devido às altas exigências já exercidas pelas certificações”, destaca o CEO da Plastiweber.
Sem rastreabilidade não se pode realmente promover a sustentabilidade e, por sua vez, criar uma economia mais circular. Diante disso o balanço de massa tem sido um modelo adotado por diversos fabricantes para rastrear a sustentabilidade de seus produtos, gerando confiança na cadeia de valor e identificando áreas que podem ser melhoradas.
A SABIC é uma dessas empresas que usa esse modelo para rastrear qual porcentagem de seu produto é sustentável e aprimorar seus produtos, sendo assinante do sistema de certificação ISCC Plus.
De acordo com o Mark Vester, Líder Global de Economia Circular da SABIC, este é instrumento inovador e crucial para estimular a transição completa para novas matérias-primas nas atuais unidades de produção em escala mundial da SABIC.
“O método que permite esta avaliação é chamada de cadeia de custódia, volumes relativamente pequenos de matéria-prima alternativa são misturados com matéria-prima fóssil convencional. A rastreabilidade e a verificação do manuseio correto do balanço de massa das informações são críticas e, usando métodos de certificação, podemos rastrear matérias-primas alternativas de entrada e produtos de saída. O conceito de equilíbrio de massa e certificação nos permite usar ativos comerciais existentes para converter nossos produtos”, explica Vester.
Ele destaca que os produtos certificados do portfólio TRUCIRCLE ™ da SABIC foram produzidos por meio da adoção deste sistema de contabilidade de balanço de massa.
O balanço de massa ajudou a rastrear o fluxo de materiais ao longo de uma cadeia de suprimentos complexa, desde a matéria-prima até o produto final, seguindo regras predefinidas e transparentes, identificando se o produto pode ser classificado como renovável ou circular.
Para a SABIC, isso significa que para cada tonelada de matéria-prima renovável ou circular alimentada em seu processo de produção e substituindo a matéria-prima fóssil, aproximadamente uma tonelada dos materiais produzidos pode ser classificada como renovável ou circular.
Ao adotar essa abordagem, os produtos certificados do portfólio TRUCIRCLE são credenciados sob o esquema de Sustentabilidade Internacional e Certificação de Carbono Plus (ISCC).
Diante disso, o portfólio da TRUCIRCLE ™ de serviços para soluções circulares abrangem: design para reciclabilidade; produtos reciclados mecanicamente; produtos circulares certificados de reciclagem de matéria-prima de plásticos usados; produtos renováveis certificados de matéria-prima de base biológica e iniciativas de ciclo fechado para reciclar plástico de volta em aplicações de alta qualidade e ajudar a evitar que valiosos plásticos usadosse tornem resíduos.
“Vale ressaltar que a certificação ISCC Plus exige que todos os membros da cadeia de valor sejam certificados, bem como todos os locais onde o produto é fisicamente alterado precisam ser certificados, incluindo distribuidores e depósitos dentro da cadeia de custódia”, destaca o Líder Global de Economia Circular da SABIC.
Um dos benefícios desse sistema é que exige uma auditoria independente de conformidade com o esquema de certificação. Isso garante aos clientes e consumidores que os produtos que estão recebendo possam ser atribuídos a matérias-primas circulares ou bio-renováveis.
A importância do processo de certificação pode ser vista nos sucessos que a SABIC obteve com seus produtos certificados renováveise circulares certificados. Exemplos recentes incluem a cuba de sorvete Magnum da Unilever; o recipiente de caldo em pó Knorr®; um novo formato de tubo para a marca ORIGINS da Estée Lauder Companies (ELC) e os sacos de chips Orkla e Irplast, feitos de um polímero renovável certificado.
Para demonstrar a viabilidade da reciclagem de circuito fechado, a SABIC também colaborou recentemente com o varejista britânico Tesco, Plastic Energy, Sealed Air e Bradburys Cheese para apresentar a primeira embalagem flexível reciclada feita de materiais devolvidos pelos clientes. Este projeto de colaboração da SABIC demonstra que fechar o ciclo do plástico usado é alcançável e mostra a participação necessária em toda a cadeia de valor para avançar em direção a um futuro circular e sustentável.
Alinhada com as Metas de Desenvolvimento de Sustentabilidade da ONU (ODS), a SABIC identificou dez metas específicas diretamente aplicáveisao seu negócio e, desenvolveu a estratégia de sustentabilidade de longo prazo, que incluem o portfólio de produtos e serviços TRUCIRCLE ™.
A visão é continuar a colaborar com uma ampla gama de parceiros globalmente, em resposta à necessidade do mercado por materiais sustentáveis, tendo como pilares para o portfólio TRUCIRCLE projetos para reciclabilidade, iniciativas de ciclo fechado, reciclagem mecânica, soluções circulares certificadas e renováveiscertificadas.
Para tanto conta com o sistema de certificação líder ISCC Plus, oferecido por uma organização global independente, que oferece soluções para atender aos requisitos de sustentabilidade para todas as matérias-primas e mercados, bem como rastreabilidade em toda a cadeia de abastecimento, apoiando a economia circular e de base biológica e oferecendo uma certificação que promove uma produção ambiental, social e economicamente sustentável.
A Braskem foi a primeira empresa brasileira a receber a certificação ISCC Plus, Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono, na sigla em inglês, para utilização de matérias-primas alternativas, como o óleo de pirólise – processo químico que quebra as moléculas das resinas termoplásticas a partir do calor – para que as unidades industriais da companhia, localizadas no Sul e Sudeste, transformem esse insumo em novos polímeros.
A certificação ISCC Plus baseia-se no conceito de balanço de massa, que é um conjunto de regras técnicas que garantem que a mesma quantidade de matéria-prima, produzida a partir de material pós-consumo e que entra no processo, saia como produto final com as mesmas características das resinas e químicos de origem fóssil. Esse controle permite que a sustentabilidade dos produtos circulares seja devidamente creditada e reconhecida. Na Braskem, até então, a ISCC Plus era válida apenas para a produção do polietileno I’m greenTM bio-based, feito a partir do etanol da cana-de-açúcar.
Com esse novo passo, a ISCC Plus passa a ser válida para as unidades industriais da Braskem no Polo Petroquímico do Grande ABC, no estado de São Paulo, e no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. São nessas unidades em que a companhia dará sequência, ao longo de 2021, aos testes para essas rotas, em especial as que envolvem o uso do óleo de pirólise e outras matérias-primas renováveis.
“Na prática, significa que estamos cada vez mais perto – e com a chancela de uma organização internacional – de ampliar a comercialização de resinas e produtos químicos mais sustentáveis, com as mesmas características dos produzidos atualmente por meio de matérias-primas fósseis”, explica Luiz Alberto Falcon, responsável pela plataforma de Reciclagem da Braskem.
Nos últimos três anos a área de Estratégia e Projetos de Logística da Braskem esteve focada em ajudar a companhia a cumprir um importante compromisso em prol da economia circular: reduzir ainda mais a perda de resíduos plásticos na produção de resinas termoplásticas.
O bom desempenho das ações resultou no selo OCS Blue, concedido pela Plastivida, licenciadora da Operation Clean Sweep® no Brasil, campanha internacional com foco em sustentabilidade na indústria do plástico. Agora, a Braskem está no mais alto nível de um grupo de empresas globais que lutam para evitar que resíduos plásticos cheguem ao meio ambiente, especialmente rios e oceanos.
Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul, explica que a conquista da certificação OCS Blue alcançou 100% das unidades industriais da empresa no Brasil. “Esse reconhecimento é a soma do trabalho em equipe, do empenho da Braskem no campo do desenvolvimento sustentável e dos compromissos que firmamos publicamente corresponsável por estimular a economia circular na nossa cadeia de valor”, diz Terra. Além do Brasil, a certificação OCS Blue também foi obtida recentemente pela Braskem nos Estados Unidos. Outros países, onde a companhia possui unidades, seguem no processo para obtenção da certificação.
Na mesma linha do grupo de empresas da Operation Clean Sweep®, a Braskem faz parte da Aliança pelo Fim dos Resíduos Plásticos (AEPW), iniciativa internacional que inclui outras 46 importantes companhias, sendo a Braskem a única brasileira. São empresas que produzem, utilizam, vendem, processam, coletam e reciclam plásticos unidas para desenvolver projetos nas áreas de limpeza, infraestrutura, inovação, educação e engajamento. A ação é considerada o esforço mais abrangente já feito para dar fim ao descarte de plásticos no meio ambiente e já começou com orçamento de até US$ 1,5 bilhão para investimentos.
A Braskem também integra o CFO Taskforce, uma força-tarefa reunida pelo Pacto Global da ONU para fomentar o engajamento empresarial em prol do desenvolvimento sustentável. O grupo é composto por líderes financeiros de grandes companhias e, na prática, busca ajudar as empresas no alinhamento de seus compromissos de sustentabilidade com suas estratégias financeiras, visando a criação de impacto positivo nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) em níveis local e global.