O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, divulgou o desempenho da indústria química brasileira em 2013 nessa sexta-feira, 6 de dezembro, durante o 18º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ 2013). A estimativa é de que o faturamento líquido do setor neste ano seja de US$ 162,3 bilhões, sendo que os produtos químicos de uso industrial, segmento acompanhado pela Abiquim, correspondem à maior parcela desse montante, somando US$ 72,2 bilhões. O segundo maior faturamento líquido da indústria química em 2013 foi o do segmento de produtos farmacêuticos, com a estimativa de somar US$ 26,5 bilhões. A balança comercial, entretanto, continua apresentando aumento do déficit, que chegará a US$ 32,2 bilhões neste ano.
Também durante o Encontro foram apresentados os indicadores de segurança de processo, impacto ambiental, saúde e segurança do trabalhador e de diálogo com a comunidade, relativos a 2012, da indústria química nacional. A reciclagem de resíduos sólidos aumentou de 11,7% em 2006 para 39% em 2012. O consumo de água em processos e produtos passou de 4,42 m3 por tonelada de produto para 3,08 m3 por tonelada de produto no mesmo período. Já as emissões de dióxido de carbono pelas indústrias químicas brasileiras caíram, em 2012, para menos da metade dos níveis registrados em 2006, indo de 542 quilos de CO2 equivalente por tonelada de produto para 270 quilos de CO2 equivalente por tonelada de produto. O desempenho positivo do setor resulta da implementação do Programa Atuação Responsável®, iniciativa voluntária da indústria química mundial, coordenada pela Abiquim no Brasil.
Também participaram dos debates e das apresentações do ENAIQ o senador Armando Monteiro (PTB/PE), o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, o CEO da Elekeiroz, Marcos De Marchi, e a jornalista Cristiana Lobo, que discutiram o cenário político e econômico da indústria em 2013. O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Henri Slezynger, fez um panorama histórico da indústria química no Brasil e o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, falou sobre as perspectivas para o futuro do setor. O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, apresentou uma análise do desenvolvimento do Plano Brasil Maior (PBM), dentro do qual o Conselho de Competitividade da Química elaborou a Agenda Setorial do segmento, com metas que visam colocar a indústria química brasileira em condições mais leais de competitividade no mercado internacional.
Durante o Encontro, também aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia. Na categoria ‘Pesquisador’, José Osvaldo Beserra Carioca recebeu o troféu e, na categoria ‘Empresa’, a JBS Couros foi contemplada. Além disso, durante o evento foi lançado o Desafio Abiquim de Inovação, que premiará a empresa vencedora com uma consultoria da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas para estruturar um projeto nas áreas de energia ou saúde, a fim de submetê-lo a um dos Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para ser desenvolvido.A 18ª edição do ENAIQ assinalou o início das comemorações dos 50 anos da Abiquim, celebrados em 2014. O evento contou com o apoio da Basf, Bayer, Braskem, Clariant, Deten, Dow Brasil, Elekeiroz, do Grupo Solvay, da Kraton, Linde Gases, Monsanto, Oxiteno, Peróxidos do Brasil, Petrobras, Solvay Indupa, Ultracargo, Unigel, Unipar Carbocloro, Vopak e White Martins.